A autonomia do treinando no e-learning

A autonomia do treinando no e-learning
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Uma das questões mais recorrentes nos programas de educação via e-learning, seja na academia ou no ambiente corporativo, é como controlar a experiência do treinando, já que este é um ator teoricamente livre e dono de seu tempo. A autonomia do treinando sempre surge nas avaliações dos programas como um quebra-cabeças difícil para os responsáveis por organizar e oferecer os produtos educacionais.

É possível garantir que o treinando acesse e absorva o mais alto índice de conhecimento em um ambiente virtual, mesmo não havendo controle dos ruídos e demais influências naquele momento autônomo de aprendizagem?

Não existe resposta pronta. O que existe é o esforço para cobrir todas as lacunas possíveis e tornar aquele momento de aprendizagem singular e especial para o treinando. Mas como fazer isso?

Alguns pontos importantes você deverá considerar no seu planejamento das ações educacionais no formato e-learning:

– A ação primeira, primordial, que antecede tudo, é criar a consciência sobre o valor do tempo e como ele deve ser gerenciado de forma inteligente. Conhecendo seu público, você saberá o nível de maturidade do mesmo quanto a esse quesito e como convidar as pessoas a participarem das ações educacionais. Se você percebe que o público não tem um nível de maturidade satisfatório para conseguir gerenciar as rotinas de trabalho simultaneamente à necessidade de realizar um curso e-learning, é indicado que você primeiro faça um trabalho focado em gestão do tempo. Não existe autonomia com resultados se o treinando se perder na multiplicidade de tarefas.

– Apesar de ser um momento “solitário” quanto à natureza do acesso e condução do processo de aprendizagem, você precisa entender que a colaboração é fundamental para esse processo. Assim, contemple sempre nas suas ações alguma interface que permita que o treinando extrapole aquele ambiente solitário e possa congregar de alguma forma e compartilhar o que aprende, seja exercitando com outros ou mesmo convidando outros a participarem da sua experiência. Nisso, é importante contemplar, de acordo com o perfil do grupo em formação, uma grade de formação que seja comum a todos, mas sempre com alavancas para instrumentos inovadores que permitam buscas externas e questionamentos diversos. Um ou mais treinandos daquele grupo irão inevitavelmente trazer à tona novos elementos que farão com que os demais ao menos comecem a pensar e a gerar novos movimentos em torno daquele tema.

– A famosa multidisciplinaridade também é fundamental aqui. Quando você desenvolve um curso e-learning, não se atente apenas ao que o conteúdo bruto aborda. Busque sempre ter o suporte de diversas frentes e pontos de vista diferentes. Profissionais da área requisitante e outros com expertises diversas podem agregar muito na forma e na inserção de recursos que podem enriquecer a experiência, tornando-a mais consistente e permitindo autonomia para o treinando, porém dentro do universo daquela ação, que para ele se apresenta como algo atraente e interessante.

– Lembre-se que nem todos tem condições físicas ou técnicas de acessar com um mesmo padrão um curso. Há pessoas que vão precisar de recursos especiais em função de uma deficiência. Outras estão em uma unidade da empresa onde o acesso é mais difícil por falta de computadores ou mesmo por ter uma banda de internet mais limitada. Esses são alguns exemplos que interferem diretamente na autonomia do treinando.

Nos dicionários, encontramos que autonomia é a capacidade de governar a si mesmo. Porém, um indivíduo sempre necessita de guidelines, de orientações, principalmente numa jornada em que está construindo um caminho de conhecimento e desenvolvendo sua carreira. É aí que entra o importante papel dos profissionais da educação corporativa, injetando os insights de comunicação necessários em todo o processo de formação, associados com todas as outras ferramentas e alavancas pedagógicas previamente planejadas. É preciso dar autonomia e, ao mesmo tempo, dar condições para que o treinando exercite essa autonomia no processo de aprendizagem.

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Até o próximo!

Ubirajara Neiva

Marketing E-LEAD+

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