E-learning corporativo – menos dispersão e mais foco


por ubirajara
Recentemente participei de um evento local de RH em Minas Gerais, onde discutimos sobre as tendências do e-learning corporativo, mais especificamente sobre formas de abordagem e produção que atendam às demandas atuais das organizações. Os profissionais estão cada vez mais envolvidos em ambientes dinâmicos, que exigem muita dedicação e comprometimento de suas capacidades produtivas e tempo. Com isso, o desafio da educação corporativa é entregar produtos educacionais cada vez mais inseridos nesse contexto, de forma mais orgânica.
Um dos participantes levantou uma questão importante que estamos sempre falando aqui na E-LEAD+. A pergunta era: “como podemos fazer para quebrar essa tendência que se criou de fazer cursos com muitos bonequinhos?”
Era a deixa ideal para compartilhar algumas experiências que temos aqui. Desde que o e-learning se tornou, nas grandes empresas brasileiras, uma tendência de educação corporativa há dez anos ou um pouco mais, a produção dos cursos primava muito por animações e alavancas lúdicas, porque essa era a tendência e também a estratégia que garantia certo engajamento nas empresas. De lá para cá algumas coisas mudaram.
Antes, não era tão comum se fazer um diagnóstico do público para entender suas necessidades e acabava se planificando uma solução única para todos. Nessa mesma linha, não se levava tanto em consideração as variáveis do ambiente que poderiam impactar no aproveitamento, especialmente a variável do tempo. Em um case especifico que tivemos, uma grande empresa desenvolveu um curso de produtos com muitas animações, cores e personagens e, após o lançamento, começou a receber muitos feedbacks como da área de engenharia criticando as escolhas por tantas alavancas lúdicas e “bonequinhos”, o que estava comprometendo o aproveitamento do tempo por parte dos treinandos.
Este e outros exemplos foram nos mostrando que os tempos atuais pedem conteúdos de qualidade, desenvolvidos de forma objetiva e utilizando-se dos recursos mais assertivos para seu consumo. Cursos muito extensos já comprometem o engajamento automaticamente. E se são propostos com muitos “arraste aqui”, “clique no link para abri uma nova página”, “interaja com o personagem x” e outras alavancas de dispersão, a tendência é que o índice de engajamento caia mais. Com menos tempo, as pessoas precisam de soluções que as auxiliem na aprendizagem de forma mais rápida e orgânica. Pequenos vídeos no percurso, uso de áudio guia, animações mais objetivas e a constante preocupação com o conteúdo sempre adequado à realidade do treinando e focada na sua necessidade são diferenciais para o e-learning ser bem sucedido atualmente.
E o impacto disso não está só no resultado final e engajamento, mas também nos custos de produção. Uma estratégia bem pensada e adequada irá permitir que a área consiga administrar melhor os custos de produção e, com isso, atender a outras demandas. Já vimos casos de empresas que investiram valores muito altos para produzirem 01 curso e que poderia ter sido aplicado de forma mais inteligente na produção de 03 ou mais. A tendência hoje é menos dispersão e mais foco!
Você tem algum case ou experiência semelhante para compartilhar? Fique à vontade!
Até o próximo!
UBIRAJARA NEIVA
MKT E-LEAD+