DESAFIO 09: Apenas 20 minutos?

Especialistas em neurociência cognitiva, da aprendizagem e psicologia vem estudando o cérebro humano e como ele se comporta na aprendizagem para, com isso, decodificar ou transformar esses resultados em novos métodos de estudo. Um dos resultados dos testes e pesquisas é que o ser humano tem uma atividade cerebral mais ativa nos primeiros 20 minutos de exposição a um conteúdo determinado e essa atividade vai decaindo com o passar do tempo.

Seria então o caso de priorizar os temas mais importantes para os primeiros 20 minutos e os menos relevantes para o resto do treinamento?

Certamente que não. Se sabemos que o desempenho cai sensivelmente à medida que o tempo passa, precisamos então encontrar maneiras de fomentar a educação corporativa em conformidade com esse fato. E como fazer isso? Vejamos dois cenários:

– Se estamos falando de um treinamento presencial, é preciso contemplar escapes ou intervalos de tempos em tempos. Você não precisa quebrar a sequência e o raciocínio que está desenvolvendo a cada 20 minutos, mas pode e deve ofertar aos alunos/treinandos alguns momentos para aliviar o foco mais intenso da atenção, permeando o conteúdo bruto com possíveis aplicações ou situações rotineiras leves e até engraçadas. Isso irá fazer com que o cérebro diminua sua atividade por um instante, relaxe e possa recomeçar com uma capacidade satisfatória de processamento;

– Se estamos falando de um treinamento e-learning, lembre-se dessa informação para não criar cursos muito extensos ou mesmo que crie, mas que sejam modulares e ofereçam ao aluno/treinando a oportunidade de parar sempre que preciso e retomar de onde parou. A tendência hoje é trabalhar com conteúdos mais dinâmicos, rápidos, na forma de pílulas de conteúdo ou pequenos vídeos. Cursos demorados e maçantes já não atingem bons resultados.

Não é preciso se apegar ao número dos “20 minutos” como uma regra. É apenas um insight importante que resulta de vários estudos, mas não deixa de ser também um indicador que pode orientar melhor seu trabalho de desenvolvimento. Se o aluno/treinando percebe que existe uma preocupação com seu melhor rendimento e que os produtos educacionais estão estruturados de forma a ajuda-lo, será muito mais engajado, porque não terá que sacrificar sua agenda tanto de trabalho como da vida pessoal.

Como você pode perceber, cada minuto conta e são muitos os detalhes nessa jornada do conhecimento. Aqui você encontrará sempre dicas e as melhores práticas para elevar a qualidade e aderência do seu trabalho com desenvolvimento e aplicação de treinamentos.

Até o próximo!